sexta-feira, 10 de julho de 2009

Jukebox - Stairway to Heaven (Parte 1/7)

A melhor música de todas as que já ouvi:



Durante anos nunca fui de ter uma música da qual gostasse mais do que todas as outras até que...

Não é por acaso que começando a ouvir uma maravilha chamada música (e a percebê-la o melhor possível) com talvez 12 anos de idade, nunca tive uma música que me tocasse da mesma maneira que esta. Esta música é de génio. Desde a primeira vez que a ouvi que gostei dela, mas só após a ter ouvido dezenas ou mesmo centenas de vezes tive uma espécie de visão que me fascinou de tal maneira que até hoje ainda nenhuma outra música me tocou tão profundamente como esta, nem sequer perto... Não sei ao certo quantos anos tinha mas devia ter à volta de 23.

Foi nesse dia de primavera, que estando numa viagem de carro, a música Stairway to Heaven me entrou directamente no cérebro sem passar na casa de ouvido. Os Led Zeppelin, além de serem uma das melhores bandas de sempre (talvez a melhor banda de rock de todos os tempos), eram génios, nomeadamente os autores desta música, o melhor guitarrista de sempre Jimmy Page e o vocalista Robert Plant.

A música Stairway to Heaven é apenas a nossa vida, desde que nascemos até que morremos. Vou tentar explicar o melhor possível porquê.

Dos 0 aos 54 segundos é desde que nascemos até por voltas dos 10/11 anos que é quando o nosso cérebro acaba o seu desenvolvimento (desde que nascemos e até aos 10/11 anos o cérebro tém um desenvolvimento contínuo e a partir dessa idade mantém as suas capacidades/qualidades até morrermos a não ser que tenhamos uma doença que o impeça, sendo que a únicas alterações a partir daí são de ordem de conhecimento de acordo com as vivências de cada um).
Esta é sem dúvida a fase mais pura da nossa vida, a fase em que não sabemos o que é maldade, em que tudo é bonito e bom, em que somos crianças e queremos divertirmo-nos, em que vemos o mundo no seu estado mais puro. Era bom podermos nunca ver as impurezas que mais tarde todos viémos a ver... De certa maneira, e apesar de saber que nessa altura não sabemos nada, tenho saudades dessa pureza, e sei que por mais que tente ser e viver como o fazia nessa altura nunca o conseguirei a 100% devido ao que hoje já sei...

O facto de durante estes 54 segundos não existir voz simboliza esse mesmo facto, ainda não opinamos, ainda nao sabemos, só aprendemos, só recebemos, é uma interação de sentido único em termos informativos, já que o que nós damos ao mundo nessa altura é a nossa alegria e o nosso amor, o amor mais puro que existe.

Estes segundos instrumentais são simplesmente belos, soa-me e faz-me pensar e lembrar tudo o que há de bom. Good feelings.
  • 0 - 12 s ---> Acabámos de nascer, ainda não andamos, não falamos, não fazemos mais do que comer e dormir, viver. Mundo aqui vamos nós!
  • 13 - 25 ---> Já gatinhamos, já andamos, já dizemos algumas palavras, estamos a ter as primeiras percepções do que nos rodeia e de onde estamos, começamos um dos longos caminhos da vida chamado aprendizagem. A chamada idade dos porquês.
  • 26 - 39 ---> Agora que já corremos, saltamos, rimos e brincamos, falamos e ouvimos, vemos e aprendemos, percebemos e fazemos, em suma, vivemos, damos e recebemos, certas coisas começam a fazer finalmente sentido.
  • 40 - 53 ---> Cada vez tudo fica mais claro, percebemos melhor e melhor as respostas a todos os porquês que tinhamos uns anos atrás, achamos a meninas um ser lindo e fascinante apesar de ser diferente, queremos brincar com elas mas não sabemos bem como. Nós jogamos à bola e elas brincam com bonecas. Dizemos-lhes que gostamos delas e elas dizem-nos que somos parvos. Distinguimos cada vez melhor o certo e o errado, o bom e o mau, damos e recebemos cada vez mais.

Não fazia ideia que me ia alongar tanto na explicação deste primeiros segundos e portanto não querendo escrever um pensamento de 300 linhas que ninguém vai ter paciência para ler por agora fico por aqui e continuarei a explicação noutra altura.